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Federação Anarquista do Rio de Janeiro (FARJ)
O pan americano e o terrorismo de estado
Article mis en ligne le 17 de Setembro de 2007
dernière modification le 14 de Março de 2008

Nós da Federação Anarquista do Rio de Janeiro saudamos todas as marcas batidas pelos recordistas que se esforçaram em realizar o PAN americano na cidade do Rio!

Destaque para as seguintes modalidades: massacre de trabalhadores à distância (por meio da fome, da miséria, dos altos custos de vida), corrupção às alturas (por meio das mega licitações fraudulentas e do superfaturamento das obras do PAN), especulação imobiliária sem barreiras (por meio do despejo criminoso de ocupações e tentativas de remoção de comunidades) e por fim a cerimônia de encerramento, que deixou um legado importante para a cidade do Rio, ou melhor, para as elites que aproveitam os melhores recantos da "cidade maravilhosa": O Pan-americano estruturou um esquema organizado de opressão em nome de uma falsa segurança que não termina com o final dos jogos, mas sim prossegue no intuito de favorecer uma pequena minoria privilegiada de especuladores, empresários, políticos carreiristas e donos do poder financeiro.

Tal política é uma continuação do Estado de Exceção utilizado no PAN, que utilizava a desculpa da "proteção" das delegações estrangeiras e arquitetou por meio do plano nacional de segurança encomendado pelas "elites", um método mais feroz para prosseguir o massacre de pobres e trabalhadores. Métodos recorrentes do Estado seja a identidade ideológica que este assuma, no fundo trabalha sempre dentro da mesma lógica: calar a oposição e massacrar os descontentes. Afinal, Marinheiros de Kronstadt assassinados pelo governo bolchevique na Rússia, moradores de Favela mortos pela polícia militar e sindicalistas espanhóis assassinados no golpe do general Franco em 1936 no fundo são todos vítimas do mesmo problema: autoritarismo, violência e terrorismo de Estado.

Agora os principais alvos são as comunidades pobres situadas em regiões preferidas da especulação imobiliária, que poderá após expulsar famílias de trabalhadores realizar seus empreendimentos milionários. César Maia que recebeu doações de oito empresas ligadas ao setor imobiliário em sua última campanha (as maiores doadoras foram a Brascan Imobiliária Incorporações S/A e a Carvalho Hosken S.A. Engenharia E.) esforça-se para defender os interesses dos especuladores.

O primeiro alvo após o PAN foi a comunidade do canal do Anil, que invadida pela prefeitura, sofreu (e está sofrendo) com a ação terrorista que se iniciou no dia 1º de agosto, com o habitual aparato repressivo: polícia militar e guarda municipal!

Contudo graças (e somente isso é que traz a vitória no final das contas) a AÇÃO DIRETA dos moradores que resistiram bravamente ao despejo, não acreditando em conciliações e em manobras eleitoreiras, e a uma rede de apoio de diversas entidades do movimento social o canal do Anil conseguiu respirar mais um pouco frente as investidas covardes do Estado.

POBREZA NÃO É CRIME: SOCIALISMO E LIBERDADE JÁ!